domingo, 21 de junho de 2009

"Quem mexeu no meu queijo"


Primeiramente, ao ler o livro, temos uma noção básica do que iremos encontrar ao folhear as páginas: mudanças. Porém, entrando a fundo, percebemos que não é apenas essa mensagem que o livro nos passa, vai além do esperado. Em relação ao “queijo”, pode-se notar uma metáfora relacionada ao que queremos para nossa vida pessoal ou profissional, investimentos a serem ministrados, lucros a serem gerados, liberdade a ser adquirida. Enfim, tudo que nos satisfaça e que nos mantenha aptos a fazer o que gostamos. Já o “labirinto”, está relacionado ao mundo em que vivemos, uma sociedade com preconceitos e onde gastamos nosso o tempo.


Analisando os fatos ocorridos, vê-se que a adaptação descrita se relaciona exatamente ao cotidiano atual, proporcionando inovações no mercado de trabalho devido ao avanço das tecnologias.
Podemos comparar os personagens dessa história com pessoas reais ou até se colocar na mesma situação. Os ratos, que são instintivos, não hesitaram em mudar para outro galpão à procura do “Novo Queijo”, desse modo, vemos que existem pessoas que possuem esse mesmo “feeling” para farejar se uma mudança está prestes a acontecer ou não, fazendo novas escolhas que possibilitam um sucesso promissor. Os duendes, que se achavam espertos e seres pensantes, demoraram a aceitar a mudança por medo e insegurança, porém apenas um enxergou o que estava acontecendo e foi à procura do que tanto desejava, o “Queijo”. Há pessoas que não se dão conta de que em nossa vida uma mudança é necessária para que o desempenho seja favorável, sem estresse, mesmo que essa mudança não seja agradável.


Para alguns, “Ter o queijo o faz feliz”, esta relacionado a algo pra vida toda, sem se dar conta de que pode ocorrer obstáculos que devemos ultrapassar pensando no melhor a se fazer. “Quanto mais importante seu Queijo é para você, menor você deseja abrir mão dele”, como diz o texto, as pessoas normalmente não abrem mão do que possuem e nem procuram novas oportunidades, ficando estacionadas em uma única tarefa, em um único relacionamento ou sem atualizar seus conhecimentos.
Entende-se que, na maioria das vezes, as pessoas que acham possuir um conhecimento a mais do que outras, desmerecem a capacidade destes de realizar uma determinada função. Quando ocorre uma situação adversa, sendo positiva ou não, colocam a culpa nos mais fracos e inferiores, inventando desculpas para não enfrentar a realidade. Em grandes empresas, alguns funcionários são influenciados por outros a continuar com o mesmo pensamento em relação a seu desempenho na empresa por medo de perder o cargo ou por insegurança de mudar e se mostrar mais capaz do que parece, prejudicando assim seu rendimento.


Muitas pessoas enfrentam uma situação de mudança com otimismo e perseverança, ocasionando para si, uma qualidade de vida superior a outras que por ventura acabam se fechando no seu “mundo” e não vivem a vida plenamente, deixando passar oportunidades que poderiam ser grandiozas. Como no trecho, “O que você faria se não tivesse medo”, em relação ao rato que demorou para procurar o “Novo Queijo”, mostra que não mudamos por medo de estar fazendo algo errado e acabamos deixando oportunidades passarem. Na parte afetiva, quando não estamos satisfeitos com o parceiro, por medo, insistimos na relação para não ficarmos sozinhos e com medo de não encontrar outra pessoa adequada. São situações opostas porém com mesmo propósito, a não aceitação da mudança.
A capacidade de adaptação das pessoas perante as mudanças está muito além do esperado, talvez por estarem entrando em caminhos no qual nutrem forças para continuar enfrentando os perigos propostos, ou por quererem enfrentar desafios, já que esta mudança esta presente e alguns assumem o controle de situações.


Ao decorrer do livro, o duende que resolveu mudar a não continuar na mesma situação de rotina proposta pelo dia-a-dia, começou a perceber que devia prestar mais atenção no que está ao seu redor. Logo, profissionais devem perceber quando algo que estão realizando é viavel ou não. Normalmente quando estamos no caminho “certo”, temos a sensação de estarmos livres para continuar percorrendo esta nova fase em nossa vida, aproveitando cada momento e revendo conceitos que tinham. Para estimular e seguir adiante da mudança, muitas vezes devemos nos imaginar na situação desejada, facilitando o desempenho a ser executado, como por exemplo, um Médico Veterinário, recém-formado, que sabe que o mercado de trabalho está saturado, se imagina dando muitas consultas, fazendo plantões e ganhando muito dinheiro. Isso vai fazer com que esse rapaz, continue trilhando caminhos para que esse “sonho” se concretize. Para isso ele deve se atualizar e prestar atenção no que está acontecendo a sua volta, não deixando com que a rotina o cegue e o deixe para trás. Porém existem pessoas que acabam insistindo no erro de não enxergar o que está acontecendo, se limitando apenas ao que já tinha em mente e esperando com que o que deseja caia do céu. Para que isso não ocorra, deve-se tomar a decisão certa, e visualizar as mudanças, para que isso não chegue como uma surpresa. Portanto, deve-se adquirir hábitos novos, diferentes dos demais, se destacando, além de acreditar que se tem potencial para alcançar um status desejado.


Por fim, para se adaptarmos a mudanças, devemos ser flexiveis a ponto de realizar diferentes tarefas, proporcionando um melhor desempenho, além de ter um comportamento adequado, utilizando um meio de comunicação necessário sem que isso agrida as outras pessoas.
“Sair do lugar assim como o Queijo e gostar disso”, explica que devemos se sentir bem e se adaptar as coisas que acontecem na vida profissional ou pesssoal, dependendo da situação proposta, tal como mudar de um setor, mesmo que não queira aquilo naquele momento, porém profissionalmente será um degrau para seu sucesso futuro, facilitando assim sua capacitação.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Entendendo o Rio



***Sempre estamos diante da primeira vez. Enquanto nos movimentamos entre a nossa nascente (o nascimento) ao nosso destino (morte), as paisagens serão sempre novas. Devemos encarar todas estas novidades com alegria, e não com medo - porque é inútil temer o que não se pode evitar. Um rio nao deixa de correr jamais.
***Em um vale, andamos mais devagar. Quando tudo à nossa volta fica mais fácil, as aguas se acalmam, nos tornamos mais amplos, mais largos, mais generosos.
***Nossas margens sempre são férteis. A vegetação só nasce onde existe água. Quem entra em contato conosco, precisa entender que estamos ali para dar de beber a quem tem sede.
***As pedras precisam ser contornadas. Evidente que a água é mais forte que o granito, mas para isso é preciso tempo. Não adianta deixar-se dominar por obstáculos mais fortes, ou tentar bater-se contra eles; gastaremos energia à toa. O melhor é entender por onde se encontra a saída, e seguir adiante.

***As depressões necessitam paciência. De repente o rio entra em uma espécie de buraco, e para de correr com a alegria de antes. Nestes momentos, a única maneira de sair é contar com a ajuda do tempo. Quando chegar o momento certo, a depressão se enche, e a água pode seguir adiante. No lugar do buraco feio e sem vida, agora existe um lago que outros podem contemplar com alegria.
***Embora sejamos únicos, em breve seremos muitos. À medida que caminhamos, as águas de outras nascentes se aproximam, porque aquele é o melhor caminho a seguir. Então já não somos apenas um, mas muitos – e há um momento em que nos sentimos perdidos. Entretanto, como diz a Bíblia, “todos os rios correm para o mar”. É impossível permanecer em nossa solidão, por mais romântica que ela possa parecer. Quando aceitamos o inevitável encontro com outras nascentes, terminamos por entender que isso nos faz muito mais fortes, contornamos os obstáculos ou preenchemos as depressões em muito menos tempo, e com muito mais facilidade.
***Somos um meio de transporte. De folhas, de barcos, de ideias. Que nossas águas sejam sempre generosas, que possamos sempre levar adiante todas as coisas ou pessoas que precisarem de nossa ajuda.

(PAULO COELHO)