Eu vejo..

Eu vejo assim..
simples como andar de bicicleta.
Os empecilhos propostos está na mente de cada um.
A pedra.. O buraco.
Estão onde deveriam estar e não diante de suas rodas, de seus pés.
A mente nos engana.
Nos trai de uma maneira que acreditamos que o que não está ali, está.
Ficamos sem saber se confiamos na mente ou lidamos com tal situação.
O psicológico muitas vezes nos afeta.
O frio.. O calor não é psicológico, é climatico.
Desprender-se.. deixar levar.
Os sentimentos que possuimos nos corroem.
Nos fazem viajar na imensidão do mundo paralelo.
Fantasiando situações, deslumbrando o real.
Por muitas e muitas vezes somos prisioneiros.
Nos deixamos presos.. imóveis.
Criar novos hábitos ou novas maneiras de se caminhar é viável.
Apenas pra quem sabe usufruí-las.

Miscigenação urbana

Parado ali vejo pessoas entrarem e sairem.

Uma mistura de raça, cor, religião.

Pessoas que cruzam seu cotidiano, sua rotina.

Pessoas de brinco, piercings, tatuagem.

Bem vestidas, um pouco desajustadas.

Outras com odor agradável, outras nem tanto.

De sapato, chinelo, descalço.

Ouvindo música, conversando, lendo.

Pessoas que se fecham no seu mundo,

Pessoas que compartilham seu dia-a-dia.

Aqueles que encaram, os que desviam o olhar.

Os jovens, os mais experientes.

A grávida, a criança.

Com mala, com mochila, sem nada.

De óculos, boné.

Os que jogam, os que riem.

Alguns dormem, outros permanecem ali, acordados.

Trabalhadores, desempregados, assalariados.

Viúvo, solteiro, casado.

Sempre uma viagem..

Seja ela curta ou demorada.

Cada qual com seu pensamento.

Cada qual com sua mania.

Todos com um unico propósito.

Chegar a seu destino.

Sem se importar com quem estava ao seu lado compartilhando a viagem toda.

Sem dizer bom dia, boa tarde, boa noite.

Dia corrido. Dia vivido.